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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Abrindo janelas


E quando o sol alançar a janela
Aliviada irei respirar
E com alegira irei perceber
Que mais um dia vai começar

Mais uma chance para acertar
Mais uma chance para errar
Mais uma chance de caminhar
Cair, tropeçar e levantar.

E por pior que a vida esteja
Por mais cansada que estiver
Sempre haverá um novo dia
Para me fazer ficar de pé
E para entender que a vida
Só é vivida por quem puder.


Sheila Emília

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vivendo a vida


“Quem sou eu?”
Mais uma vez estou a perguntar.
 “O que sou eu?”
O que será?
De onde vim, pra onde vou?
Porque estou aqui?
Por que será que nasci?
Nasci para encher o mundo, sobrecarregar a humanidade?
Ou nasci para fazer caridade?
Será que nasci mesmo ou sou alguma Sofia que vive na imaginação de alguém?
Afinal de contas: Sou quem?

Perguntas, perguntas...
Querem calar?
Sempre que podem vocês vem me incomodar!
Me deixa em paz!
Não quero saber quem sou,
Nem da onde vim,
Nem para onde vou.
Não quero descobrir o impossível,
Não quero perder tempo com isso!

Quero respostas!
(Não perguntas idiotas.)
Quero tempo pra rir...
Tempo pra me divertir...
Sem me preocupar com o que há de vir.

Me deixa em paz, ok?
Porque, sinceramente
Hoje...
Hoje eu só quero ser feliz.

Larga do meu pé!
Vai procurar quem te quer!
Passe bem longe de mim!
Pra mim, chega de filosofia
Chega de pensar na vida...

Hoje eu quero viver!
Viver bem o bastante
Para não me arrepender
Chega de pensar
Chega de só latir...

Hoje eu quero morder!

Vai perturbar outra cabeça
Essa aqui já tá bem cheia
De alegria e asneiras.

Sheila Emília


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fortaleza


                   E de repente me perdi.  Me perdi de quem era, para onde ia... É. De repente, eu me esqueci. De tudo o que fiz, de tudo que faria. De repente, acabou. Na verdade, nem sequer começou. Mas deveria... Ter começado. Ai ai... De qualquer maneira, deu errado. O suficiente para ir embora. Pegar as lembranças e jogar fora. Ou expor em um quadro. Com um título bem grande, grifado: O que não fazer com a vida.


                 De qualquer forma, não daria certo. Ou daria. Mas, e daí? Pensar no passado como se fosse o futuro, que pode ser mudado, não adianta. Na vida real, Ctrl+Z não tem utilidade. Não dá para refazer o que deu errado. Não dá para ajeitar os trapos. Talvez minimizar. Mas voltar atrás, não.

                 E, de qual lado o estrago foi iniciado? Qual das partes assumiria a culpa? Paradoxalmente, nenhum dos dois. Porém, os dois. Ficariam noites sem dormir. Acordados, pensando o que havia feito de errado. Se perderiam. Mas isso não importava... Aliás, o que mais importa aos seres humanos? O que mais importa é não demonstrar a dor. Ora, para o outro não sofrer, ora por egoísmo, ora por medo. Nossos segredos são só nossos, não é mesmo? As nossas dores também.


                Por isso os dois assumiriam que não tinham culpa mesmo sabendo que a culpa não tinha um dono. Não era para haver culpado. Tudo que aconteceu, foi sem querer. Não era o desejo de nenhum dos lados. Mas aconteceu.

              Agora todos sofriam. A pior das angústias. Porém, sofriam calados. O orgulho era a frente desta batalha. O mais importante era o certo. Ou o que diziam a eles que era o certo. E eles acreditavam.


               E por acreditar em tudo que lhes diziam, foram condenados. Condenados a sofrer, a perder um ao outro por algo que ninguém sabia porque havia acontecido. Nunca iriam descobrir o motivo. E tudo voltaria ao normal com um simples perdão. Mas, não. Quem perdoa quer ser “pisoteado”. E, por isso, não perdoaram. Não pediram perdão. E acabaram perdendo... Perdendo dos outros. Perdendo do tempo. Foram abandonados. Por todos aqueles desacreditados. Que os desacreditaram.


                “O que não fazer da vida”. Seria um bom título para o grandioso quadro, que narraria a história de duas pessoas, que, por efeito do tempo  e do espaço, foram se distanciando. Deixando de serem amados. Foram endurecendo. E no fim, abandonados.     


                    Não somos todos assim? Distanciamos o máximo que podemos, não demonstramos nossos sentimentos e, depois, nos arrependemos? É. No fim das contas, todos somos vítimas do tempo. 

                   E quando percebemos que tudo que fizemos foi errado, queremos voltar . Mas, o Ctrl+Z só funciona no teclado. A partir daí, as noites sem dormir serão rotinas. Lágrimas serão todas reprimidas... À luz do dia. Só serão mostradas à lua. À noite. E a solidão vai chegar. 

                   Não vai adiantar querer se matar. Fugir nunca vai resolver. Voltar atrás não é possível. Neste momento, começamos a aprender. Da maneira mais difícil. Mas, depois, superamos. Até chegarmos ao ponto de ficarmos mais fortes.

                 E como saber se fiquei mais forte? Simples. Quando você largar de tudo que sempre te fizeram acreditar e te comprovaram que é certo, pelo que seu coração pede e acha ser o certo, estará na direção. Quando deixar de ser mais uma Maria que vai com as outras e fazerem as outras irem com você. Quando resolver mergulhar de cabeça sem medo de arrepender. Aí você estará mais forte. E as horas perdidas, as noites mal dormidas virarão alegria. 





Sheila Emília

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sonhos


Sonhar é fácil. Todo mundo sonha. Com o carro novo, com o marido ou a esposa perfeitos... Com o futuro. Sempre criamos expectativas em cima daquilo que imaginamos ser o “melhor”.

Correr atrás do que quer não é tão fácil como parece. E eu sei disso. Mas você não acha que tudo que é fácil demais não é valorizado? Bater com a cara contra o muro não deve ser o ponto para desistir. Thomas Edison nos deixou seu exemplo:  “Eu não errei dez mil vezes tentando inventar a lâmpada elétrica. Eu descobri dez mil maneiras pelas quais ela não deveria ser feita”.

O problema é que, muitas vezes, esquecemos de correr atrás. Atrás do que realmente queremos. E só quando o tempo passa, paramos para perceber o erro que cometemos quando não lutamos pelos nossos sonhos.

Afinal. Quem tem mais derrotas: “O grande perdedor” ou o “Grande vencedor”? Na verdade, provavelmente, o segundo enfrentou mais “derrotas” do que o primeiro. Porém, com elas, aprendeu. Já o primeiro ficou se lamuriando ao invés de tentar consertar o que havia feito de errado. Como falou Rubem Alves: “Quando se tem um problema a ser resolvido, tem-se um problema a ser resolvido. Quando ao problema a ser resolvido se acrescentam lamúrias e lamentações, têm-se dois...”


E aí: vai continuar achando que sonho é impossível de correr atrás e desistir antes de tentar? Vai mudar de planos no primeiro desafio? Ouvir o que o primeiro pessimista lhe disser? É difícil? Mas vale a pena, não é? Arriscar faz parte da vida... Correr atrás dos sonhos também. Se sonhar não é impossível, realizar o sonho também não é.


“Mas pra quem tem pensamento forte
O impossível é só questão de opinião”

Sheila Emília

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O velho moço



Ei, moço,
Me deixe sonhar?
Sonhar que eu sou menina
Que posso o mundo mudar?

Ei, moço,
Vamos pular?
Pular bem alto
Até chegar no espaço
E, de esconde-esconde, brincar?

Ei, moço,
Vamos rápido!
Acorda!!!
Vai ficar aí parado?


Ah, moço...
 Você é um chato!
Não sabe nem brincar...
Acha que, só porque tem idade
Tem que, a cara, fechar.

A vida não é assim, não, sabia?
A vida é bonita
Para a gente divertir.
Brincar quando criança,
Falar muito na adolescência
Para, quando adulto, sorrir.

Mas não é esse sorriso torto, não,
Que uns colocam na boca
Só pra chamar atenção.
É sorriso de verdade
Daqueles que dá até vontade
De arreganhar os dentes
E rir para toda a gente.


Moço,
Posso te pedir só mais um favor?
Que quanto mais você envelheça
Mais seu cabelo perca a cor,
Mais novo você fique
E que, uma criança, em você habite?

Que esse seu sorriso triste
Saia desse rosto carrancudo
E junte ao meu sorriso
Para, juntos, mudarmos o mundo?


 Sheila Emília

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Maria vai com as outras

“Sim ou não”:
Eis a questão.
Mas qual é a questão
Para quem não tem opinião?

Porque ela
Ela...
Ela não tem opinião.
Tanto faz, não importa
O que mandam ela suporta
O que pedem ela faz.
E o que impedem?
Bem,
O que impedem ela desfaz.

Essa Maria...
Só vai com as outras
Nunca segue seu coração
Acha que os outros fazem a vida
E ela só participa
Olhando sem prestar atenção.

E qual será o seu futuro?

Viverá por cima do muro?
Aonde  irá chegar?
Provavelmente a lugar nenhum
Mas com isso, não irá “ligar”.


Porque para quem não tem opinião
Viver é só opção.
O mais importante é ouvir.
Ouvir.
Respeitar.
E concordar.
Sem questionar.
E sem duvidar...
“Sim ou não”
Não há nenhuma questão.
Só o aceitamento do que mandam
(E desmandam).

E assim fica
Essa Maria
Que com as outras vai
E nada cria.
Que é manipulada
E não liga pra isso.
Aliás,
Não liga pra nada essa Maria...

Coitada...
Mas quem sabe um dia
Ela mude de ideia
E questionando a vida
Se torne mais esperta?

O jeito é esperar
Que Maria acorde
Que invés de ir com as outras
Sacuda sua vida e sua “morte”.
Que recupere o tempo perdido
E sem medo do perigo
Comece a viver.
Que ao invés de ir com as outras
Faça com que elas
Passem a ir com você.


Sheila Emília


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Vivendo o hoje


As vezes nós, seres humanos, gostamos de lembrar do passado e dizer "Nossa... Eu era feliz e não sabia...". Vendo uma foto, lembrando do tempo de escola...

Mas você já se imaginou daqui a dez anos?

Eu não vejo o futuro, mas todos nós, sabemos que, em determinado momento, deixaremos de ser jovens e nos tornaremos adultos. Tornar adultos, para a maioria das pessoas, significa assumir responsabilidades. Assumir responsabilidades significa fazer o que é preciso. Fazer o que é preciso significa cair numa monotonia de vida, deixando de fazer o que se gosta por um salário minimo e uma aposentadoria que será toda gasta pra comprar seus remédios...

Provavelmente, daqui a dez anos, você irá olhar para suas fotos dos dias de hoje e verá aqueles sorrisos arreganhados no rosto e dirá (mais uma vez): "Eu era feliz e não sabia...".

Por que será que só vemos o quanto somos felizes quando o tempo passa?Provavelmente, você   olha para o passado como melhor que o presente. E por que o ser humano tem essa mania tão idiota?

Ao invés de valorizar o que estamos vivendo, ficamos olhando para o que passou, vendo como ele era bonito e a gente não percebia... Assim, perdemos o presente para reclamar, lá no futuro, de como a gente era "reclamão" no passado...

Entendeu?
Irei resumir. Você tem problemas? Tem um trecho de uma música da Ana Cañas que fala:

"Uma vida só feliz
Pode ser bem pequena".

E mais pra frente, a mesma música, diz:

"Não que eu goste de sofrer
Mas já deu pra perceber
Que, no jogo, quem perde
Quando ganha se diverte".

Quando você estiver com problemas, ao invés de reclamar da sua vida, lembre-se que, daqui a alguns anos, você irá querer dar tudo para voltar no tempo e viver o que está vivendo hoje. As vezes isso jé é conforto suficiente.

Experimente...
Vale a pena! A pena não. A galinha inteira!

:D

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A todos professores



Não se cria um professor. Não há como obrigar alguém a aprender, muito menos obrigar uma pessoa  a repassar conhecimento.

Ser professor é um dom. Tolerar um “repete”, “faz de novo”, “não entendi” o tempo todo é para poucos. Ter a paciência de ensinar é uma virtude. Aliás, uma GRANDE virtude!

As vezes esquecemos de valorizar as pessoas que nos ensina algo. Aliás, vale reforçar que professor não fica somente na escola.

Existem aqueles que dedicam sua vida a ensinar ao próximo, mas, existem aqueles que, em determinado momento, tem a prontidão de repassar o que sabe para quem quer aprender.

 Por isso, usemos esse dia em especial para agradecer a todos aqueles que fizeram parte da nossa história. Por todos que nos disseram que éramos capazes quando, nem nós acreditávamos nisso. E que acabaram tendo razão. Agradeçamos e peçamos desculpas por cada momento nosso de indisciplina, cada erro e por cada acerto também. Demos nosso obrigado por cada professor que nos ensinou que  é errando que se aprende. Por nos ensinar a ganhar e a perder. Enfim, por todos que ajudaram, ajudam e ajudarão a moldar o nosso caráter, nosso muito obrigado e um Feliz dia do Professor!

Sheila Emília

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Um Bom Professor, Um Bom Começo
Autor:Max Haetinger


A base de toda conquista é o professor
A fonte de sabedoria, um bom professor
Em cada descoberta, cada invenção
Todo bom começo tem um bom professor
No trilho de uma ferrovia…(um bom professor)
No bisturi da cirurgia…(um bom professor)
No tijolo, na olaria, no arranque do motor
Tudo que se cria tem um bom professor
No sonho que se realiza…(um bom professor)
Cada nova ideia tem um professor
O que se aprende, o que se ensina…(um professor)
Uma lição de vida, uma lição de amor
Na nota de uma partitura, no projeto de arquitetura
Em toda teoria, tudo que se inicia
Todo bom começo tem um bom professor



Por um mundo melhor


Vamos criar um novo mundo
Novo, simplório e singelo
Onde, só quem é sincero
Pode, lá, apreciar o belo?

Vamos criar um mundo juntos?
Sem raça e discriminação
Onde quem vença seja o sentimento
Ao invés de, somente, a razão?


Vamos criar um mundo?
Mais bonito e criativo
Mais sincero e mais amigo
Onde todos nossos sonhos
De errôneos seres humanos
Possam realizar
E realidades transformar?

Mas vamos juntos
Porque só assim
Conseguiremos, algo, mudar.

Sheila Emília

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

SER criança é uma arte. E uma arte para poucos...

 Todos nós já fomos crianças, mas poucos tiveram a coragem de continuar sendo...

Quando novos, tudo que queremos é “crescer”. Esperamos ansiosamente completar 10, 15, 18 anos... e por aí a fora... Mas, quando a idade chega, queremos voltar a ser criança. “Só a criança é feliz porque ela não vê a maldade no mundo.”

A questão é: Será que podemos ser felizes somente quando pequenos?

A felicidade existe em qualquer idade, em qualquer lugar. Só que, na maioria das vezes, não a percebemos. Achamos que o mundo é um lugar que deve ser levado a sério. E o levamos a sério demais...

Manter o equilíbrio entre a diversão e a seriedade não é tão complicado quanto parece. Além disso, aqueles que conseguem este balanceamento conseguem viver bem, feliz e passar esta alegria. 

E são pessoas assim que nos fazem lembrar do epitáfio do grande Fernando Sabino: "Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino"...

E que, a partir de hoje, sejamos como estas pessoas. Que, a cada novo dia, nos tornemos mais crianças. No jeito de ser, na cortesia, nos sorrisos e na simplicidade. E que possamos dizer que nascemos velhos para morrermos meninos.

Porque todos nós somos crianças, independente da idade.
Por isso, parabéns pelo seu dia!


“Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.” Fernando Sabino


Sheila Emília


Feliz dia das crianças!

=D