Gosto de lembrar datas. Mas, mais que isso, gosto de lembrar
sorrisos. Abraços, de amigos. Pessoas que se foram... Ao menos da minha vida. Deixaram-me
para trás para trilhar seus caminhos.
Gosto de lembrar de conversas, de lágrimas... De consolos.
Gosto de lembrar de gostos. Também dos desgostos... Por que não? Tudo tem dois
lados...
Gosto de lembrar de moedas (e seus dois lados).
Gosto de escrever em primeira pessoa. Gosto de lembrar que,
na maioria das vezes, escrevo para mim. Para nunca esquecer quem sou. Dos meus
sonhos.
Gosto de relembrar que comecei a escrever por causa de
outros. Mas sempre escrevi para mim.
Gosto de explicar às pessoas quem sou. Que sou complicada,
um paradoxo, um verdadeiro horror!
Gosto de tentar entender as pessoas se
baseando em mim. Claro que nem sempre dá certo, mas um exame de consciência as
vezes ajuda.
Gosto de fingir de idiota só para fazer as pessoas rirem.
Gosto de salvar o texto que escrevo no Word a cada linha, por garantia de não
perder minhas palavras.
Gosto da maioria das coisas. Gosto da maioria das pessoas.
Gosto de saber perdoar. Gosto de, diante do erro, conseguir me olhar no espelho
e conseguir me ajudar.
Gosto de ser amada. Pelo menos por mim e por Deus. Gosto de
ter pessoas ao lado. Por perto. Mas, não perto demais. Aliás, não gosto muito
de me envolver com coisas que eu poderei arrepender.
Gosto de fazer as pessoas felizes, mesmo que,as vezes, isso
roube um pouco de minha felicidade. Gosto de valorizar meus amigos de verdade.
Gosto de ser valorizada.
Enfim, para resumir tudo. Gosto do poder de gostar das
coisas que gosto de fazer. Ou melhor. Gosto de gostar (só loucos para
entender).
Sheila Emília