O tic-tac do relógio não para.
O corre-corre o dia-a-dia percorre.
Bling-bleng. O sino o sono perde.
Ding-dong...
Shh...
- Quem bate?
- A poesia!
- Donde vem?
- Do dia-a-dia.
Das vidas apaixonadas
Das casas mais animadas
Dos poetas, as melancolias.
- Pra onde vai?
- Para quem quiser ouvir
Entender e recitar
E para frente repassar,
Para outros animar.
- E por que aqui veio bater?
- Não tenho discriminação
A qualquer um dou a mão
Basta meu chamado atender.
- Entre então!
Junte-se a minha casa
E preencha minhas alegrias;
Anime os meus dias!
Mostre-me o sino bater.
O tic-tac do tempo
Faça-me compreender.
O sino que toca na igreja
Deixe-me escutar
E com a sua ajuda,
Novas palavras criar!
- Como me foi pedido
Aqui eu me hospedei
A porta você abriu
E aqui eu ficarei.
- Agora só falta você
É. Você mesmo.
Que está lendo este texto
Ou ouvindo esta mensagem!
Não importa a sua idade
Raça, cor ou etnia
Para falar uma poesia
Só é preciso vontade.
Deixar a poesia entrar
Te procurar e te achar
Te moldar
Te transformar
Para outra pessoa virar.
E aí: Vai encarar?
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